Plena mulher, maçã carnal, lua quente, 
 espesso aroma de algas, lodo e luz pisados, 
 que obscura claridade se abre entre tuas colunas? 
 que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
 Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas, 
 com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
 amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
 por um so mel derrotados.
 Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito, 
 tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos, 
 e o fogo genital transformado em delícia 
 corre pelos tênues caminhos do sangue 
 até precipitar-se como um cravo noturno, 
 até ser e não ser senão na sombra de um raio.
Pablo Neruda
terça-feira, 12 de maio de 2009
Plena Mulher
Assinar:
Postar comentários (Atom)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
   
 



Nenhum comentário:
Postar um comentário