quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O sentido da submissão




Antes de tudo, quem estiver livre de pecado, que atire a primeira pedra. Este não é um tema fácil, de forma alguma.
Afinal, qual submissa (o) nunca sentiu alguma vez uma sensação de abandono, ou de falta de atenção, ao ver que seu Dono não lhe dispensava tempo suficiente, ou o tempo que ela achava que merecia?Comigo ocorreu a mesma coisa, porém no início,quando eu pensava entender muitas coisas, mas na realidade, hoje reconheço que não entendia absolutamente nada, apenas pensava entender, e via o Dono como meu, e não eu como uma propriedade para uso e deleite DELE.
Às vezes necessitamos parar para rever conceitos que antes achávamos certos, porém, com o passar do tempo, vão se anulando e passamos a perceber e ver as coisas de formas e maneiras diversificadas, afinal mereço sim atenção, mas, preciso verificar antes se estou fazendo por merecer essa atenção, que eu tanto desdenho.Às vezes, precisamos ver as coisas além do nosso ponto de vista particular e passar a pensar como a outra pessoa.E, com isso, passamos a perceber que não somos nós que possuímos o controle, que nós mesmas passamos esse controle para aquele que escolhemos como Dono de nós, aquele a quem nós mesmas lhe entregamos de livre e espontânea vontade os direitos sobre nós, sobre nossas escolhas, nossas vontades, a partir desse momento, passam a ser as vontades daquele que nos possui e isso jamais nos torna robôs, sem vontades, sem vida própria, e sim uma posse, uma propriedade de alguém que sempre vai ver e decidir o melhor para nós mesmas, eles têm o poder da escolha, e nós as acatamos pelo simples fato de que eles decidiram e antes de tomarem tal decisão, já pensaram em tudo, nos prós e nos contras da mesma decisão.Podemos interagir sem jamais contrariar uma ordem frontalmente, expondo o nosso ponto de vista apenas no momento em que nos for permitido, sempre cientes e tendo em mente que a decisão final será daquele que nos possui e cuida de nós.
Acabamos aprendendo isso através de muita meditação, castigos, lágrimas, aprendemos que uma submissa se mede não pela forma que ela aguenta, por exemplo, a dor, porque o masoquismo pode ser moldado, mas sim, pela forma que ela esta disposta a expandir seus limites, ir além dela mesma para dar mais prazer ao Dono, na medida em que ela aprende a deixar o orgulho de lado, é aprender a ser como o Dono deseja e espera que ela seja, uma submissa completa, uma mulher inteligente que,mesmo tendo senso crítico, se submeta com prazer às vontades do Dono.
Além disso, uma submissa que exige demais acaba ganhando nada mais que o silencio do Dono, o desprezo, ou seja, o pior de todos os castigos que ela poderia ter, uma submissa tem que ser flexível, estar sempre disposta a satisfazer as vontades do Dono, estar sempre esperando seu chamado e aguardando ansiosamente por isso, ai sim começa a desabrochar a submissa verdadeira e fiel, dedicada, obediente e que ama ser uma posse, um objeto, uma cadela, uma libertina, porém, apenas de UM.
Uma posse conquistada, amada sim, e muito querida, porém um simples objeto de prazer, dedicação plena e real, além de um simples prazer, porque possuir o corpo qualquer um possui, porém a submissa escondida no fundo da alma, são para poucos e isso se conquista com o dia a dia, com conversas, com desejos,vontade de vir a se entregar a alguém realmente,de pertencer, é algo mais forte que nós mesmas,é a real e verdadeira entrega.
É a entrega da alma, você esta entregando aquilo de mais valioso e intimo que possui, sua submissão, sua admiração, seu respeito, seus desejos, suas vontades e seu medo, porque a confiança é plena e sabe que jamais aquele que te possui viria a te machucar.

by uma submissa (traduzido por mim do espanhol)

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